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Descaso, abandono e violência no

Parque de Esculturas Francisco Brennand!

O belo parque, projetado para receber visitantes locais e turistas - e encantá-los -,

está literalmente entregue às baratas

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O Parque de Esculturas Francisco Brennand, instalado sobre o molhe do porto, foi inaugurado em 29 de dezembro de 2000, idealizado pelo escultor e artista plástico pernambucano Francisco Brennand, integrando o projeto “Eu vi o mundo… Ele começava no Recife” para comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil. 

No local, no Marco Zero do Recife, foram instaladas 90 esculturas do artista que deu nome ao Parque, sendo a principal obra a Torre de Cristal, com 32 metros de altura e confeccionada em argila e bronze. 

No ano de 2014, todas as esculturas foram restauradas, assim como o parque pois, independentemente da preservação do local, sempre será necessário ter esse cuidado, para que as obras não se desgastem pelas intempéries naturais. 

Recordo-me que, para fazer a travessia, o visitante local ou o turista poderia ir numa embarcação, que saía de um pequeno píer no Marco Zero, e cruzava o Estuário do Porto do Recife indo até a entrada do parque ou ir de carro pela Avenida Brasília Teimosa. 

Ambas as opções sofreram grandes mudanças: as embarcações, por mais que se procure, não se consegue localizá-las em nenhum ponto do antigo píer; quanto a ir de carro, corre-se o risco de ser assaltado no início do acesso, uma vez que ali não se conta com nenhuma segurança. 

O visitante local ou o turista que buscar informações através dos telefones disponibilizados pelos pontos de informações turísticas ou CATs (Centro de Atendimento aos Turistas), como são chamados pela Prefeitura, não vai conseguir nada. Nossa equipe tentou por toda uma manhã, esta semana, e dos 6 números disponibilizados, 3 não atenderam as inúmeras ligações realizadas; 2 outros números, ouve-se a voz da secretária eletrônica que "este número não existe" e 1 deles, nem sequer se conseguiu a completação da ligação. 

Diz-se do local que tartarugas, pelicanos, ovos, maçarico, pássaros roca e sentinela guardam a principal obra do parque, a torre de cristal, inspirada em uma flor descoberta pelo paisagista Roberto Burle Marx. Esses guardiões, provavelmente, relaxaram essa guarda há muito tempo. 

Atualmente, a situação de um dos maiores cartões-postais da capital pernambucana, que deveria estar sendo utilizado para ativar a economia, gerando emprego e renda, bem como para fins pedagógicos e lazer do nosso povo, escancara a falta de cuidados com sua preservação e de segurança, causando medo aos recifenses e aos turistas que querem conhecer nossos pontos turísticos, abandonados há duas décadas, pelas gestões do PT e PSB. 

Lamentável... Preservar custa menos que recuperar e reformar mas, ao que parece, os gestores da cidade nesses 20 anos não aprenderam essa importante lição para quem é eleito pelo povo para cuidar do que é de todos.

Nossa Capital há muito vem carecendo de ações que valorizem nossa história e tudo aquilo que construímos com tanto esforço e bravura. Precisamos voltar às nossas origens de cidade histórica e cultural, onde os recifenses não precisassem ficar reféns do medo, presos em suas próprias casas e os turistas pudessem conhecer tudo de belo que o Recife tinha a oferecer.

A mudança é urgente, imprescindível e extremamente importante. O recifense quer sua cidade de volta: segura, limpa e bela, com a beleza que a Natureza, tão benevolente, lhe presenteou.

E quer, também, mais respeito aos nossos grandes artistas, como Francisco Brennand que, onde quer que esteja neste momento, deve se sentir entristecido pelo descaso e pela falta de compromisso com a preservação de suas obras.

(*) Osvaldo Matos de Melo Neto é advogado, empresário, ativista político da Direita Conservadora e apoiador do Presidente Jair Bolsonaro

Veja  vídeo a seguir: