Mais Desrespeito II
Elba Ramalho, em outro momento e em outra localidade, detonou a falta de forró no São João, sobrando até para Alok.
Ao ser questionada sobre estilos diferentes na festa típica, a famosa artista, que sempre abriu o São João de Caruaru, foi enfática: ‘Cada macaco no seu galho’
Elba foi colocada contra a parede durante uma entrevista e voltou a criticar a escolha de artistas que não performam forró para o São João. Um repórter perguntou o que a artista pensa da “mudança” na festa tradicional e a famosa não teve papas na língua. Inclusive, ao desaprovar o feito, ela usou o DJ Alok como exemplo.
“Cara, tudo que eu falo é polêmico, então eu prefiro não julgar, porque eu acho que no céu nenhuma estrela atropela a outra” começou ela, tentando não ofender seus colegas de profissão.
No entanto, ela explicou que não concorda com ritmos diversificados na festa de São João. “O Sul está totalmente seduzido pela nossa música, que é verdade, você precisa ir para São Paulo para assistir arrasta-pé, Bicho de Pé, Fala Massa. As bandas de Forró, os trios, nordestinos que moram e ganham muito dinheiro em São Paulo”, revelou.
Ainda segundo Elba, o patrimônio cultural de sua região vem se perdendo. “Você vai ver aquela galera jovem dançando Forró e lá no Nordeste isso acabou. Então assim […] todos amam o forró pé de serra e aqui a gente botando Alok, que eu amo, mas eu acho que cada macaco no seu galho”, explicou.
Por fim, ela foi categórica: “Assume logo o que não é São João, é festival”, pediu a artista. “Eu acho que cabe todo mundo, porém parabéns para o pessoal por estar primando os artistas [tradicionais da festa] que merecem estar no palco. Trabalham o ano todo, tadinhos, o forró já é escasso”, concluiu.
Nas redes sociais, a fala da cantora repercutiu entre os internautas.
“Acho que todos nós nordestinos vamos concordar com ela. Independente do quanto outros gêneros e artistas sejam bons, nada melhor que uma festa de São João tradicional”, refletiu uma fã.
“Não faz sentido Alok nessa festa mesmo. Não é um festival é uma festa típica tradicional”, concordou mais uma.
Mais Desrespeito III
A Banda Capim com Mel postou um comunicado em seu Instagram, dizendo-se terem sido “surpreendidos ao saber, pela imprensa, que o nosso show marcado para o dia 29 de junho no Alto do Moura, em Caruaru, foi cancelado pela Prefeitura Municipal por motivos não esclarecidos até o momento”.
Realmente, como se pode verificar em reportagem do g1 Caruaru e Região: https://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/sao-joao/2024/noticia/2024/03/19/confira-a-programacao-completa-do-sao-joao-de-caruaru-2024.ghtml no dia 19 de março aparece bastante nítido que a banda.
Polo Alto do Moura
Sábado - 29 de junho
PV Calado
Vicente Nery
Capim com Mel
Realmente, é um total desrespeito uma atitude dessas, com uma banda tipicamente nordestina, prestes a completar três décadas de história, com uma trajetória representativa, que foi criada na década de 90 na cidade de Gravatá/PE, afirmando-se na história do forró dentro do cenário nacional, ganhando vários títulos e embalando muitos corações apaixonados com sucessos como: “Eclipse Total”, “Telefona-me”, “Mais Quinhentos Anos”, “Junto a Mim”, entre outras. Atualmente, a banda é composta pela dupla de vocalistas Vanessa Rios e Charles Bond.
Mais Desrespeito IV
Em termos de desrespeito aos profissionais, sejam jornalistas ou artistas, Caruaru realmente se sobressaiu muito bem neste ano de eleições.
Ainda voltando ao dia da abertura do São João, a programação apresentava:
Pátio de Eventos Luiz Gonzaga
Sábado: 1° de junho
· Carlinhos Brown
· Orquestra de Pífanos de Caruaru
· Flávio José
· Jorge de Altinho
· Mano Walter
Observem que, apesar da honra da abertura ter sido concedida a um baiano, para remir esse pecado, a Secretaria de Cultura nos brindou com shows de gente nossa: Orquestra de Pífanos de Caruaru, Flávio José, Jorge de Altinho e Mano Walter.
Mas, para não serem totalmente bondosos, Flávio José, um dos maiores nomes do forró e uma das principais atrações da abertura, teve o show de 1h30 reduzido para 1h.
Durante a coletiva de imprensa, o paraibano demonstrou estar chateado (Vide vídeo a seguir) e disse "não ter a menor ideia" por ter tido o show reduzido no São João de Caruaru. Além disso, Flávio José afirmou que ficou com pena do público que foi assistir, e diante do tempo menor de apresentação, ficou frustrado.
"Sempre foi 1h30, em todos os cantos que a gente faz é 1h30. Mas aqui hoje vai ser 1h. Manda quem pode, obedece quem tem juízo."
O que gerou maior polêmica aconteceu no ano passado, durante o São João de Campina Grande. Apesar da restrição, o cantor de forró tradicional afirmou estar honrado por mais um ano se apresentar no palco da Capital do Forró, e prometeu entregar um repertório clássico para os forrozeiros na noite de abertura.
"A gente traz um repertório de músicas de sucesso, mas muitas delas vão ficar de fora devido ao tempo. Não dá tempo de cantar, né? Tudo tem uma hora. A gente vai se virar nos 30 aí pra ver se consegue mostrar o máximo de músicas possível."
Na segunda-feira (3), a Prefeitura de Caruaru se posicionou, através de nota, sobre a redução do tempo das apresentações dos artistas na primeira noite de abertura do Pátio de Forró, no sábado (1º): o motivo foi para cumprir o tempo acordado com a Polícia Militar.
A equipe da prefeitura não aceita críticas. Foi contra, falou mal, mostrou algo errado: apagam os comentários que não lhes agrada, posts inteiros, bloqueiam jornalistas nos grupos de WhatsApps, descredenciam, ignoram, jogam a culpa em terceiros, enfim, só não faz assumir os erros.
Transferem a culpa ou se omitem, como o fez no penúltimo dia. A grade de programação do dia 28 de junho apresentava a seguinte ordem:
Sexta-feira: 28 de junho
· Caviar com Rapadura
· Israel Filho
· Bruno e Marrone (Marrone não veio por se encontrar convalescendo de uma cirurgia).
Em vez dessa sequência, o show de Israel Filho abriu a penúltima noite. Tudo bem, tudo muito bom, tudo ótimo, não se tratasse de uma sexta-feira, com comerciantes encerrando seus trabalhos na Feira da Sulanca, o trânsito engarrafado por isso e pelas obras desnecessárias realizadas em uma época indevida e com o pátio quase que totalmente vazio. Só não estava assim porque, como se trata de uma artista da terra, que enobrece a Capital do Agreste, muita gente saiu de casa mais cedo para acompanhar o show de Israel que, mais uma vez, agradou em cheio aos seus admiradores.
Continua no Balanço do São João de Caruaru 2024 III
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