Nesta quarta-feira (25), moradores do Assentamento 26 de Setembro foram à Câmara Legislativa para criticar a derrubada de duas casas no local onde vivem. Realizada pela Secretaria DF Legal, a operação ocorreu na última quinta-feira (19), e repercutiu na fala dos distritais em plenário.
A moradora do assentamento Marcia Trovão explicou que o governador prometeu que não derrubaria casas habitadas, mas descumpriu o acordo. "Eles tiraram pessoas de dentro de casa. Tem gente que vai perder o emprego porque tem medo de sair do seu lar e ter sua casa derrubada", denunciou.
“Infelizmente Brasília tem uma onda de chamar o morador do local que ainda não é regularizado de grileiro e tem que fazer uma separação. É totalmente diferente: o grileiro forja um documento de uma área invadida. Precisa ter muita responsabilidade para não igualar todas as pessoas e taxar de criminosas pessoas em área regular”, comentou o deputado Pastor Daniel de Castro (PP). Ele ainda lembrou que se trata de um assentamento e não de ocupação irregular. Também informou que está fazendo um projeto de lei para proibir a derrubada de casas com morador sem que seja feita pelo menos uma notificação. Assim, viabiliza-se que o cidadão procure a justiça para reivindicar seus direitos.
Já Paula Belmonte (Cidadania) defendeu o combate à grilagem de terra e informou que “56% das terras desta cidade precisam de regularização”. Encerrando as falas sobre o assunto, Gabriel Magno (PT) comparou o tratamento dado à população em geral com o de grupos empresarias. “Com é diferente a forma como governo age com os espaços da cidade. Quando é com moradia, com gente que dá muito duro para construir casa, geralmente é com trator e derrubada. Agora, no centro da cidade, para interesse privados de determinados grupos econômicos, é uma vista grossa", criticou.
Daniela Reis - Agência CLDF
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