Distritais cobram revisão geral da rede elétrica do DF

Um deputado da base do governo (Pepa - PP), outro da oposição (Chico Vigilante - PT) e uma parlamentar independente (Paula Belmonte - Cidadania) alertaram para a urgência de fazer uma varredura em toda a rede elétrica do Distrito Federal. O tema veio à tona na tarde desta terça-feira (25), em sessão ordinária no plenário da Câmara Legislativa. Em um intervalo de 10 dias, Brasília acumulou quatro episódios graves de descarga elétrica nas ruas da capital; dois desses episódios resultaram em morte.

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“Não é correto que em plena capital da república as pessoas estejam morrendo eletrocutadas por descaso da rede elétrica do DF”, repudiou Vigilante. No último 14 de março, uma mulher sofreu um choque ao esbarrar em um cabo de energia enquanto caminhava por uma rua em Taguatinga. Seis dias depois, o menino Adrian David Feitoza Coelho faleceu, aos 10 anos, após encostar em um veículo energizado por um fio de alta tensão, na região administrativa de Planaltina.

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“A Neoenergia falou que é lamentável, eu não tenho nem palavra para falar o que é lamentável quando um pai, uma mãe e uma família perdem uma criança porque um fio caiu”, declarou Belmonte, que qualificou o problema como um risco à segurança dos cidadãos.

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Pepa retomou a discussão informando que tem discutido o cabeamento elétrico com a diretoria da Neoenergia, concessionária da distribuição de energia em Brasília. “Sei que é uma concessão nova e que eles têm investido bastante, mas hoje a gente precisa, de fato, de uma revisão em toda a rede energética do DF”, avaliou. O parlamentar ainda contou que muitos bairros no Distrito Federal só têm energia por meios ilegais, como o chamado “gato”. Em visita ao Núcleo Rural Estância Pipiripau, por exemplo, a comunidade relatou que quer pagar pela energia legal, mas a localidade não dispõe de rede.

Além dos episódios em Planaltina e Taguatinga, um homem sofreu uma descarga elétrica ao passar próximo a um poste de iluminação pública no Cruzeiro Velho, no dia 23 de março. Outra tragédia ocorreu na Arena BRB Mané Garrincha: um técnico de som de 32 anos morreu após levar um choque enquanto executava o seu trabalho, no último dia 22.