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PÁSCOA

A espiral da vida, uma Páscoa além do tempo

ARTIGO

20/04/2025 16h34Atualizado há 1 mês
Por: Marcos Lima
Fonte: Redação
Foto do arquivo do Autor
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Autor - Edgard Falcão (*)

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A Páscoa é mais que um rito; é um sussurro eterno da alma à beira do infinito. Mais profunda que uma simples celebração, ela nasce no âmago das tradições hebraicas como um marco da travessia, da escravidão à liberdade, da dor à promessa, da escuridão à luz.

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Em Cristo, a Páscoa ressignifica-se e atinge sua plenitude, o êxodo não é apenas geográfico ou histórico, mas existencial. Ele não apenas caminha com os homens, Ele transforma o próprio sentido do caminho. A cruz torna-se ponte, e o sepulcro, um ventre de renascimento. Assim, a celebração pascal transborda de sentido, afirma, com reverência e potência, a vitória da vida sobre a morte, da esperança sobre o desespero, do amor sobre toda ausência.

"A Páscoa não é apenas renascimento, mas também um lembrete discreto de que as maiores metamorfoses ocorrem na quietude invisível do silêncio". Foi no silêncio da tumba, longe dos olhos do mundo e do clamor dos homens, que se realizou a revolução mais sublime da história. Nenhuma testemunha, nenhum alarde, apenas a suave operação do mistério divino, movendo os alicerces da existência.

Em certas tradições antigas, a Páscoa era celebrada com silêncio e introspecção. Não havia festa, mas recolhimento, uma pausa sagrada para ouvir a própria alma. Talvez esse seja o verdadeiro convite da Páscoa: adentrar o santuário do coração, descer aos nossos abismos, e ali, encontrar a Voz que nos revela quem somos e para onde somos chamados a ir. 

Conta-se, em narrativas quase esquecidas, que a Páscoa era também um tempo de perdão, não apenas de dívidas materiais, mas de pesos emocionais que escravizam a alma. Perdoar, nesse contexto, é morrer para os ciclos do ressentimento e renascer para a leveza da graça. O perdão é talvez a forma mais autêntica de reviver o êxodo pascal, pois nos liberta do passado e nos abre ao eterno agora de Deus.

A verdadeira essência da Páscoa, então, talvez esteja escondida em tradições que enxergavam o tempo não como linha, mas como espiral. A cada celebração, somos chamados novamente à travessia. A Páscoa torna-se, assim, um eterno retorno, memória viva, presente dinâmico, anúncio de um futuro em que a vida se renova incessantemente.
Em Cristo, essa espiral atinge seu ápice. Nele, o tempo encarna o eterno, e o efêmero toca o infinito. Sua ressurreição não é um evento distante, mas um acontecimento presente em cada alma que decide, em silêncio, renascer com Ele. 

 Páscoa nos convida a este encontro íntimo com o divino, uma jornada para dentro, um êxodo interior rumo à liberdade e à plenitude. Ela desafia-nos a perdoar, a silenciar, a renascer. Pois é na quietude do espírito que os céus se abrem, e a voz do Ressuscitado ecoa: "Eis que faço novas todas as coisas".

Cristo vive e com Ele renascemos, não uma vez, mas sempre.

 "Eis que faço novas todas as coisas..." Escreveu o Apóstolo João em seu livro Apocalipse, capítulo 21 versículo 5.

(*) Autor: Prof. Edgard Falcão - Consultor e Mentor

 

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