No meu poema “Complicações”, do livro “Abre-te, Pedra!” (abril/1980), eu encerro a segunda estrofe com estes versos: “Apenas me pergunto da interrelação / do instante atômico entre o nascer e o morrer, / porque viver não tem erro: / a gente aprende vivendo”.
Nesses mais de 40 anos eu ainda continuo complicado para entender o instante atômico de nossas vidas, que continua uma incógnita para mim.
Aprendi, no entanto, que desde o primeiro instante, o instante da luta dos gametas para se fundirem e formarem um embrião, gerando daí uma vida, o ser humano tem que lutar muito para saber enfrentar as surpresas e vencer os obstáculos que lhes surgem pelos caminhos.
Só assim se vence e, vencendo, se conquista as pessoas, se conquista o mundo.
Quem consegue atingir estas etapas tornam-se pessoas especiais.
Eu tenho tido, ao longo de minha caminhada, a felicidade de conhecer muitas dessas pessoas, que, como exemplo, me fazem crescer mais e ser mais feliz.
Uma dessas pessoas, sem dúvidas, que me proporcionou esses estados, foi Marco Melo, carinhosamente chamado de Marquinho.
Conhecemo-nos através do esporte, uma de suas grandes paixões, e nos muitos encontros o que sempre nele se destacava era seu eterno sorriso. Em qualquer lugar em que nos encontrávamos, os momentos eram sempre sucedidos de alegria, de leveza e satisfação.
Para mim, que tive o privilégio de conhecê-lo e de tê-lo ao meu lado tantas vezes em programas de tv e de rádio, o dia hoje é de tristeza.
Porque, hoje, este sorriso chegou ao seu termo. Marquinho foi chamado para cuidar de outras equipes esportivas, mas não mais aqui, onde ele viveu e distribuiu carinho e sorrisos. Foi cuidar de outrs equipes no céu.
Com certeza, Deus o estará recebendo de braços abertos e com o céu em festa, enquanto aqui a saudade ficou em seu lugar.
Que Deus console a família e lhes dê muita força para suportarem tão grande perda.
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